A Pré-História é o período que compreende desde o surgimento do homem até ao aparecimento da escrita, por volta de 4000 a.C.
Os vestígios encontrados em cavernas, vales e planícies (como ossos, utensílios, armas e outros objetos) ajudam-nos a fazer um estudo mais detalhado do que foi a Pré-História.
O ser humano que viveu nessa época era um rude caçador e mais tarde tornou-se num primitivo agricultor.
A Pré-História é dividida em 3 períodos:
PALEOLÍTICO (ou idade da pedra lascada)
Características
- É o período mais longo de todos
- O homem era coletor de alimentos e caçador
- Vivia de modo simples.
- Era nomada (não tinha casa e mudava sempre de lugar)
- Morava em cavernas (homem das cavernas) para se proteger do frio, da chuva e dos animais.
O homem, então, abandonou os lugares onde vivia e saiu em busca de novas terras que lhe pudessem dar sustento.
Essas modificações marcaram o fim do Paleolítico.
O Paleolítico no Algarve:
NEOLÍTICO (ou idade da pedra polida – 10000 a 4000 a. C.)
Características
- Domesticou o boi, o cavalo, a ovelha e outros animais
- As suas roupas eram feitas de fibras vegetais (linho e algodão)
- Usou o barro para fazer potes, panelas, bacias e outros utensílios domésticos.
- Construiu casas sobre estacas (palafitas)
- Utilizou o osso, a madeira e a pedra polida na fabricação dos seus instrumentos e armas, mais aperfeiçoadas.
- Desenvolvimento da religião
O Neolítico no Algarve:
O aparecimento do período denominado por Neolítico (um termo criado por Lubbock no século XIX) no território português não é ainda perfeitamente explícito.
Aparentemente, uma transformação surgiu no modo de vida das comunidades humanas dos finais do VI milénio a. C. no atual território nacional, num momento em que os grupos de caçadores-recoletores do Mesolítico apresentavam um tipo de vivência semissedentário, com alguma adaptabilidade aos ritmos climáticos anuais, mas mantendo uma relação direta com os nichos ecológicos e recursos naturais, abundantes. Surgiram neste período, denominado Neolítico Antigo, no Algarve e foz do rio Mondego algumas comunidades sedentárias que, apesar de conhecedoras de tecnologia agrária e da pastorícia, implementaram uma dependência face à pesca, caça e recolha de elementos vegetais. Os seus espaços habitacionais, de curta duração, apresentavam-se sob a forma de pequenas cabanas com estruturas de fogo no interior e exterior, formando áreas relativamente extensas de ocupação. A sua produção material incluía recipientes cerâmicos de decoração impressa e incisa, elaborados com conchas. A nível funerário, destaca-se a aparente ocupação de zonas de gruta natural. Esta situação, reforçada pela introdução nestes contextos de alguns ovicaprídeos e de cereais, levanta a possibilidade da influência de grupos mediterrâneos, deslocados via marítima, e que trariam a tradição das cerâmicas incisas, da pedra polida e da própria agro-pastorícia. Paralelamente, mantinham-se as comunidades de tradição mesolítica, pouco recetivas ao modelo produtor, eminentemente recoletoras, mas adotando alguns elementos neolíticos, como as citadas cerâmicas impressas e incisas.
Por volta do V milénio a. C. (Neolítico Médio), e numa atitude de aparente continuidade, surgiram os primeiros elementos de cerâmicas lisas e, a par de uma permanência ocupacional das necrópoles em gruta, surgem as primeiras manifestações megalíticas pré-históricas (primeira metade do IV milénio), revelando uma perspetiva de ocupação das zonas mais interiores do Sul, testemunhando de igual modo um incremento populacional das comunidades.
Sepultura neolítica do Cerro das Cabeças (Enxerim - Silves)
Sepultura da Cumeada (Cumeada - Silves)
IDADE DOS METAIS
Características
- O homem passou a usar metais (cobre, ouro e estanho) para fabricar instrumentos, ferramentas e armas
- Surgimento do bronze e do ferro
Os avanços na agricultura e a descoberta da escrita marcam o fim da Pré-História e início da História.
Calcolítico ou Idade do Cobre no Algarve