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Idade Antiga

Idade Antiga

Idade Antiga ou Antiguidade

- Civilizações Pré-Clássicas, desde 4000/3500 a. C. até ao século V a. C. (O Algarve denomina-se Cyneticum)

 Corresponde ao desenvolvimento das primeiras civilizações do Próximo Oriente (como as da Suméria e do Egipto), do Rio Amarelo ou do Vale do Indo.

Guerreiros Cónios

Nesta época pré-romana, até data anterior ao século VIII a.C., o Algarve é habitado pelos cónios (imagem acima), cúneos ou cinetes, um povo (formado por várias tribos) de filiação linguística e étnica possivelmente celta ou ibera, cujo território inclui toda a atual região algarvia e ainda o sul do atual distrito de Beja. Esse antigo território dos cónios ia da foz do rio Mira à foz do Guadiana, pelo litoral, e da foz do rio Mira passando pela área das nascentes do rio Sado e pelas ribeiras de Terges e de Cobres até à confluência desta última com o Guadiana e descendo pela margem direita ou oeste desse rio novamente até à sua foz, pelo interior, abrangendo assim toda a área da Serra do Caldeirão (também denominada Serra de Mu) e seu planalto. É possível que fossem relacionados com os tartessos (povo cuja filiação linguística e étnica também ainda não está plenamente conhecida ou determinada), mas não eram o mesmo povo, tal como diversos autores da Antiguidade clássica, por exemplo, Estrabão e Plínio, o Velho, afirmavam. Devido ao nome do povo nativo, conii ou cynetes (cónios ou cinetes em latim), o Algarve, na época romana, era denominado Cyneticum (Cinético). O território deste povo situava-se muito próximo de uma antiga civilização nativa da Península Ibérica, a de Tartessos (que se desenvolveu no oeste da atual Andaluzia), na bacia do rio Guadalquivir (antigo Betis). Devido a isso, os cónios foram muito influenciados por esta antiga cultura ou fizeram mesmo parte dessa civilização. Também foram influenciados pelas civilizações mediterrânicas (grega, romana, cartaginesa) ainda antes da época romana e eram um dos povos culturalmente mais avançados do atual território de Portugal e mesmo da Península Ibérica de então, pois já tinham conhecimento da linguagem escrita, tendo mesmo criado e desenvolvido uma escrita própria, a escrita do sudoeste, que também pode ser designada escrita cónia. Durante séculos, o atual Algarve (então denominado Cyneticum) foi ponto de passagem para vários povos, incluindo tartessos, fenícios, gregos e cartagineses.

Fonte: Wikipédia

 

- Civilizações Clássicas

Período entre o século V a. C. e o ano de 476 d. C., durante o qual se desenvolveram as sociedades clássicas, nomeadamente a Grécia e o Império Romano.

Época Romana

Até 197 a.C., o território do Algarve faz parte da Hispânia (Hoje, a península Ibérica).

A partir de 197 a.C., a Hispânia é subdividida nas províncias Hispânia Citerior e Hispânia Ulterior. A Ulterior estava localizada no sudoeste, enquanto que a Citerior era a este.

O norte da península, o território entre os Pirenéus e a Galécia, só seria conquistado na época do Império Romano. Na província da Hispânia Citerior existiam as cidades de Corduba (Córdoba), Munda, Gades (Cádiz) e Olisipo (Lisboa).

O território do Algarve passa assim a fazer parte da península romana da Hispânia Ulterior.

No ano de 27 a.C., Augusto divide a Hispânia Ulterior nas províncias Lusitânia, como província imperial, e Bética (Baetica), como província senatorial. O território do Algarve passa então a fazer parte da península romana da Lusitânia, assim denominada durante mais de 600 anos (cerca de 200 a.C. até ao ano 410 d.C.).

Antes da integração definitiva dos cónios no Império Romano, durante o período que vai de cerca de 200 a.C. a 141 a.C., estes estavam sob forte influência romana mas gozavam de elevado grau de autonomia. Devido, em parte, ao relacionamento favorável com os romanos, os cónios haviam tido alguns conflitos com os lusitanos que, sob a liderança de Cauceno (Kaukenos), o chefe lusitano anterior a Viriato, tinham conquistado durante algum tempo o seu território, incluindo a capital, Conistorgis (de localização ainda desconhecida, num monte a norte de Ossonoba, atual Faro, ou talvez Castro Marim?) no ano 153 a.C. Em parte, devido a esse conflito com os lusitanos e, em parte, devido à influência cultural das civilizações mediterrânicas, ao contrário de muitos dos povos pré-romanos de Portugal, foram aliados dos romanos durante algum tempo e não seus adversários, diferindo da atitude de outros povos tais como os lusitanos, os célticos e os galaicos, que foram fortes opositores à conquista romana. Apesar disso, um pouco mais tarde, no contexto das guerras lusitânicas, no ano 141 a.C., os cónios revoltaram-se contra os romanos, juntamente com os túrdulos da Betúria (também denominados betures), mas foram derrotados por Fábio Máximo Serviliano, procônsul romano, e integrados definitivamente no Império Romano. Nos séculos que se seguiram, a população nativa (cónios) foi fortemente romanizada, adotando o latim como língua, e integrada em termos culturais, políticos e económicos na civilização romana e no seu império. O Algarve, então denominado Cyneticum (Cinético), fez parte do Império Romano, integrado primeiro na província da Hispânia Ulterior e, mais tarde, na província da Lusitânia, durante mais de 600 anos, desde cerca de 200 a.C. até ao ano 410 d.C., ostentando cidades relevantes tais como Baesuris (atual Castro Marim), Balsa (próxima de Tavira), Ossonoba (atual Faro), Cilpes (atual Silves), Lacobriga (atual Lagos) e Myrtilis (atual Mértola), pois, nessa época, também pertencia ao Cyneticum. Durante a época romana, o Algarve tem um desenvolvimento cultural e económico significativo (agricultura, pesca e manufatura), beneficiando muito do facto de ser uma importante região de produção agrícola. Nessa época, a região exporta principalmente azeite e garum (um condimento feito a partir de peixe), ambos muito apreciados no Império Romano. A sua localização geográfica também é importante em termos de apoio às rotas de navegação marítima entre os portos romanos do Mar Mediterrâneo e os do Oceano Atlântico, na Hispânia, Gália e Britânia. Os rios Guadiana (Anas) e Arade (Aradus) servem de rotas de navegação fluvial de contato com o interior e continuariam a sê-lo durante muitos séculos. Também, em termos de localização geográfica, é importante o facto da região estar logo a oeste da Bética (que corresponde, em grande parte, ao território da atual Andaluzia), uma das províncias cultural e economicamente mais desenvolvidas da Hispânia e do Império Romano (região de origem de importantes figuras, tais como o erudito e filósofo Séneca, o agrónomo Columela e os imperadores Trajano e Adriano). Todos estes factores contribuem para a prosperidade do Algarve durante muitos séculos. Em termos culturais, a época romana também assiste à difusão do Cristianismo na Hispânia, incluindo a Lusitânia e atual Algarve a partir de meados do século I d.C.

Fonte: Wikipédia

 

Época Bárbara

Apesar de ter sido conquistado pelos chamados povos bárbaros (vândalos, alanos, suevos e depois visigodos) na época ou período das migrações ou invasões bárbaras, a cultura romana e o cristianismo permaneceram. No ano de 552, o atual Algarve foi reconquistado pelo Império Romano do Oriente ou Império Bizantino (então governado pelo imperador Justiniano I), aos visigodos, governo esse que durou até 571, quando o rei Leovigildo o conquistou novamente para o reino visigodo.

Fonte: Wikipédia